segunda-feira, 30 de março de 2009

Atividade 04 - RNA de Interferência



As descobertas científicas no campo da medicina são as que mais têm significado prático e importância para a saúde pública, não só a brasileira, mas em nível mundial. Ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2006, a interferência por RNA (RNAi) foi desenvolvida em 1998 por Andrew Fire, SiQun Xu, Mary K. Montgomery, Steven A. Kostas, Samuel E. Driver e Craig C. Mello que chegaram a essa descoberta seguindo uma série de dados, resultados e publicações que apontavam para uma hipótese interessante sobre a ação de moléculas de RNA dupla fita na célula: promover silenciamento gênico.


A teoria do iRNA (Interferência por RNA) foi um achado empolgante de um mecanismo genético cuja função natural parece ser proteger a célula de DNA exógeno (que vem do exterior, de um vírus, por exemplo). Os pesquisadores tiraram proveito desse mecanismo celular para fazer um poderoso método para inativar genes específicos. A inativação é obtida do seguinte modo: é feito um RNA bifilamentar com seqüências homólogas a parte do gene, e isto é introduzido em uma célula. O resultado final é uma redução considerável dos níveis de RNA mensageiro que dura horas ou dias, anulando a expressão desse gene. A técnica foi aplicada bem sucedidamente em vários organismos modelo, incluindo Caenorhabditis elegans, Drosophila, e várias espécies de plantas.


A técnica já foi utilizada em doenças como a Febre Amarela e a AIDS, utilizando organismos-modelos e o resultado foi significativo.

Os artigos sobre o assunto são:


Referências:


1) http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/2006/index.html, acessado em 30/03/2009


2) Introdução à genética. Anthony J.F. Griffiths et al. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. pg 512-514.


3) Pereira, T.C. 2005. Estudo de possíveis aplicações médicas da interferência por RNA. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP.

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